Eu adorei a maneira de pensar que as arquitetas apresentaram, com uma abordagem centrada na pessoa e nas necessidades reais e das soluções diretamente ligadas a isso, que reflitam a personalidade e se adequem ao cotidiano. Parece um pouco com design thinking, outra disciplina que gostei muito. Então, durante a dinâmica, esse foi um dos pontos que mais se destacaram na minha cabeça.
O apartamento onde moro já veio com os móveis planejados pela construtora (os armários do quarto, da cozinha, as bancadas e etc) e meus pais gostaram no início, porque armário costuma ser caro, então pelo valor valia a pena. Mas com o tempo nós percebemos como a estrutura do espaço fica rígida e não dá pra mudar nada porque foi tudo planejado, montado e fixado. Meu quarto é apertado e estreito e eu não sinto como se fosse meu espaço. Improvisamos um lugar para colocar meus livros com ninchos nas paredes e o resto deles fica no guarda-roupa. Queria muito ter espaço para uma estante. Também preciso enfiar meu teclado no armário na vertical, porque não tem largura pra ele na horizontal, mas puts que nervoso isso me dá.
Minha sorte é que pelo menos as paredes podem ser pintadas, então escolhi a cor azul pro meu quarto e gosto muito dela. Mas no geral, eu não escolhi mais nada. Só organizo minhas coisas no que já existia e isso me incomoda.
Outra coisa que notei durante a dinâmica são as gambiarras kjjkkk Especialmente quando deitei no chão, porque logo na luz do meu quarto já tem gambiarra (tivemos que abrir um buraco pra instalar outra luminária ao lado da luminária que já tinha porque ela era fraca demais e por algum motivo não dava pra trocar ????? ) Tem muita gambiarra aqui e eu acho que seria melhor se o espaço fosse menos padronizado. Lembro que no livro do Hertzberger tem algo sobre isso, de convidar as pessoas a transformarem seu espaço e acho que essa liberdade deveria ser mais considerada. A casa é um espaço muito pessoal e é até estressante ter que viver num ambiente que você desgosta.
Eu realmente adoro a palavra arte porque ela parece significar muito e ao mesmo tempo não quer dizer nada. Adorei a cena em que Marina pergunta se alguém já questionou nas notícias "Isso é arte?" e momentos depois aparece um trecho do noticiário onde a repórter faz exatamente essa pergunta (interessante também que isso acontece depois da crítica ao clipe da Lady Gaga, que eu fiquei o documentário inteiro achando super parecida com a Marina. Coincidência? Acho que não).
Eu me peguei fazendo essa pergunta muitas vezes ao longo do documentário (e suspeito que também a fizeram todas aquelas 750 mil pessoas na exposição). No fim, não importa muito se é rotulado como arte ou não. Mas o significado da obra de Marina Abramovic é inegável.
Todo o empenho e dedicação para fazer a exposição acontecer da melhor forma possível e o resultado impressionante que isso gerou fazem do trabalho de Marina extraordinário. Quanta preparação e amor ela exigiu de si mesma para conseguir realizar a proeza de estar presente todos os dias naquela sala? Absurdo. E aquele cara que se sentou 21 vezes e até tatuou o número? As pessoas conseguiram sentir a emoção e serem tocadas de verdade pela experiência. E cada uma dá a isso sua interpretação pessoal. Então, não que importe. Mas meio que importa. Para mim, com certeza é arte.
Ainda não sei se gostei ou não gostei desse documentário, mas sei que fiquei impressionada. É a primeira vez que tenho contato com essa dança artística meio performática então foi tudo novo pra mim. Fiquei buscando significado pros movimentos e composições e achei a interpretação muito difícil. Sinceramente, acho que a maior parte tem a ver com sexo ????? Pelo menos aquela do início com o vestido vermelho com certeza tem algo a ver. E a do final com o pessoal dançando em linha reta em cima de um lugar alto.
Acho que as danças são muito expressivas e em determinados momentos até desconfortáveis. Parece muito pessoal e intimista. Como em algumas interações entre dois dançarinos, onde a cena alcança um patamar de "realidade" e sentimentos superior a de um filme até. Fiquei me sentindo esquisita por estar observando, como se fosse uma intrusa kkkkk
Também gostei bastante dos cenários e das performances ao ar livre. Pra ser honesta, nas cenas em que apareceram na cidade eu prestei mais atenção naquele metrô suspenso do que na coreografia. Meu deus que lindo, nunca tinha visto um metrô suspenso. Roubou completamente a cena.
Para essa atividade, seguimos as instruções passadas durante a aula para realizar um desenho.
As instruções foram interpretadas de diversas maneiras por cada um dos alunos, gerando resultados diversos.
Para essa última versão do Cartaz Animado eu fiz uma pequena alteração na transição do ruído colorido, que agora acompanha o movimento dos objetos conforme sugerido pelo Sandro e pelo Dudu.
Abaixo a comparação entre as três versões:
Na ordem: 2,1 e 3
Nessa segunda versão do Cartaz Animado eu mantive a primeira parte com os ruídos da tv e tentei extender esse aspecto para a segunda parte também. Durante a aula, o Sandro me perguntou se eu já havia visto uma televisão antiga com esses chapiscos e a única da qual eu me lembrava era a da minha avó, que eu e meus primos usávamos para jogar aqueles videogames antigos.
Então, eu incorporei isso ao cartaz e fiz a segunda parte se parecer com a tela inicial de um videogame antigo. A parte mais complicada foi fazer o bonequinho se parecer um pouco com o Flusser (tive que pintar os frames de um Mario de pixel para parecer velho). Ele está sendo perseguido por objetos, uma óbvia referência ao texto Animação Cultural que lemos na aula.
Fazendo uma viajada legal no cartaz, acho que pode ter algum significado metafórico. Todos aqueles pensamentos quase conspiracionistas do Flusser sobre sermos controlados pela Imagem e etc se manifestam aqui de forma contraditória, com ele sendo personagem de um videogame. Ainda por cima, preso dentro da televisão. Quem te controla agora, Flusser?
Cartaz em gif para o evento fictício "Diálogos com Flusser".
Gif animado feito no photoshop.
Eu escolhi começar com uma imagem de tv como referência ao vídeo que assistimos onde ele fala sobre imagens televisivas. Tentei deixar meio vintage com as luzinhas piscando e até a imagem da tv falhando remete a coisas antigas. Acho que ficou um pouco parecido com a estética do video show kkkkkkkk O gif ficou rápido e é difícil ler as informações. Talvez eu mude isso na segunda rodada. No entanto, num contexto de mídias sociais, como no instagram, se o usuário ficar pausando para conseguir ler o vídeo nos stories, ele gasta mais tempo ali e isso dá mais engajamento pro perfil kkkkkkkkkk Tudo estratégico aqui.
Análise de algumas das obras apresentadas pela sala no trabalho "Universo Gráfico: pares de designers". Organizadas no gráfico "Caos e ordem X Figurativo e abstrato" de acordo com meus critérios pessoais.
Helvetica parece ser uma ótima zona de conforto, a fonte que impede erros. Mas mesmo sem erros, ainda pode não parecer certo. Eu realmente gosto da ideia da tipografia com um significado em si que combina com as palavras, como o David Carson diz no finalzinho do documentário. Também admiro muito os letterings de artistas (embora eu odeie fazer e esteja secretamente torcendo para que essa não seja a próxima tarefa). Acho que o que falta na Helvetica é esse significado. E sendo uma fonte tão neutra e adequada, acabou sendo muito incorporada. Então, seu significado é mais criado por suas condições externas de uso do que por ela mesma.
Eu adoro o trabalho da Paula Scher e foi só ela aparecer na tela que minha atenção triplicou. Em sua fala, ela ressaltou a questão do significado que a Helvetica carrega - inclusive negativo, de ser a fonte da Guerra do Vietnã. E no fim, poderia ser qualquer tipografia. A propensão ao uso da Helvetica é justamente por sua personalidade e significado estar associado a refletir o tom dado a ela.
Neutra, clara, comunicativa. O que me faz errada ao dizer que lhe falta personalidade. É uma ótima fonte e eu adorei o documentário. Na verdade, não fazia ideia do uso tão frequente dela no dia a dia. Comecei a reparar só agora e já achei três livros na estante com o título em Helvetica. Não consigo parar de procurar.

Para essa atividade, fomos divididos em grupos e cada um ficou responsável por pesquisar um par de Designers. Eu fiz parte do Grupo 4: El Lissitzky e o Construtivismo Russo + Rogério Duarte e a Estética Tropicalista. Os outros integrantes do grupo são: Bernardo Pimenta, Isadora Esper, Aline Carvalho e Raquel Motta.
Rogério Duarte e a Estética Tropicalista
Aqui podemos obervar que as obras fazem uso intenso das cores e da sobreposição em camadas para compor a figura. As formas e linhas usadas também trazem movimento e dirigem o olhar do observador para os pontos centrais da imagem. Também há exploração da assimetria, que se manifesta de forma diferente em cada imagem. Para criar a hierarquia nos textos são usadas cores e escalas diversas.
Compilado de obras de Duarte

Cartazes dos filmes "Deus e o diabo na terra do Sol" - 1964 e "A grande cidade: As aventuras e desventuras de Luiza e seus 3 amigos chegados de longe" - 1966

Álbum Gilberto Gil - 1968
Álbum Caetano Veloso - 1967
El Lissitzky e o Construtivismo Russo
As obras do Construtivismo Russo sofreram influência do futurismo, assim, é possível idenficar a sensação de movimento e profundidade provocada por estratégias como linhas de perspectiva e sobreposição de camadas. Também são usadas muitas formas geométricas que brincam com a simetria e assimetria. As cores usadas remetem às cores da URSS, tendo destaque para o vermelho. Quanto aos textos, as letras são alteradas pela escala e pelas cores conforme o destaque desejado e também participam da composição (como na capa do livro, onde é o elemento central).
Fotomontagens
Die Kunstismen Les Ismes De Lart Isms - capa do livro de El Lissitzky e Hans Arp
Everything for the front! Everything for the victory! - 1942 - El Lissitzky
Cálculo Básico - 1928 - El Lissitzky
Production Clothing for Actor no. 5' in Fernand Crommelynck's play "The magnanimous Cuckold" - Liubov Popova
Capa do filme "L'homme à la caméra" - 1929 - Dziga Vertov
Para essa atividade, deveríamos investigar como texto e imagem formam uma nova composição. O texto deveria ditar a estrutura. Depois, a imagem criada deve ser analisada para identificarmos algum dos seguintes princípios:
Principais:
-
-
SIMETRIA X ASSIMETRIA
-
ESCALA
-
ENQUADRAMENTO
-
HIERARQUIA
-
GRIDS
|
Secundários:
- Ponto, Linha e Plano
- Ritmo e Equilíbrio
- Textura
- Cor
- Princípios da Gestalt
- Camadas
- Transparência
- Modularidade
- Padrões
- Diagrama
- Tempo e Movimento
- Regra e Aleatoriedade
|
Eu escolhi aproveitar o fundo de estrelas que usei nas outras composições e me inspirei no trabalho da Paula Scher para a disposição geométrica do texto. Usei um grid diagonal, mudei a escala das fontes e apliquei cores para finalizar. A disposição das frases também cria a ideia de ritmo e movimento.
Aqui a imagem ampliada:
Para esse exercício, deveríamos incorporar um parágrafo do texto Lorem ipsum à composição feita na aula anterior. Ele assume a função de um novo elemento gráfico.
O texto precisava ter pelo menos 3 níveis hierárquicos.
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Nam bibendum ligula eu nisi euismod efficitur. Aenean dapibus sapien sit amet est suscipit, et gravida lorem lacinia. In hac habitasse platea dictumst. Integer cursus fringilla diam sit amet laoreet. Quisque nec ex ac neque hendrerit auctor et malesuada odio. Donec at lacus et tortor imperdiet ultricies. Cras augue nisl, ullamcorper ac porta eget, finibus et purus. Integer in purus luctus, consectetur risus sit amet, pulvinar orci. Nullam rutrum semper quam sed porttitor. Curabitur vitae ultricies arcu.
Fotografia feita durante a aula de hoje que teve como tema a composição textual.
No início do vídeo, achei que a televisão estava sendo tratada como um meio de manipulação. Flusser fala sobre como a imagem televisiva está no controle e faz uma alusão a como seria se os Estados Unidos tivessem o poder sobre ela.
Acho que ele seguiu um caminho sinuoso para desenvolver essa ideia, passando por muitas contradições. Depois dos 10 minutos eu já não sabia mais o qual o ponto a ser defendido. Tive que ir pesquisar um pouco sobre Revolução Romena para entender o contexto.
Flusser questiona o modo de circulação da informação e aponta que a maneira como ela é transmitida e consumida tem um forte potencial para a alienação. Acho que ele tem razão. Nós vimos nesses anos de pandemia como as fake news se tornaram perigosas e como é assustadora a velocidade com que isso atinge as pessoas e é incorporado por elas. Vimos também como a imagem é usada de maneira política, muitas vezes de forma negativa para a sociedade.
No entanto, esse é um dos pontos que me confundiu durante a fala de Flusser. Ele diz que a imagem é anti-política e no início também menciona a importância do contexto, que é distorcido na fotografia e nas filmagens, mas o vídeo acaba com ele dizendo que a experiência real está na imagem. Ele também parece valorizar muito a escrita em detrimento da imagem e faz uma referência à República de Platão, onde as artes seriam abolidas para que não houvesse idolatria em cima das representações.
Acho que todo esse caminho direciona a uma crítica ao poder que a imagem televisiva obteu. De agora conseguir ocupar o espaço da realidade. E o que é transmitido consegue influenciar na história.
Questões:
A imagem televisiva deve ser política ou apolítica? É possível ser apolítica?
Como podemos provocar o pensamento crítico em cima das informações que recebemos?
O que faz uma fonte ser considerada segura?