Dinâmica dos objetos

 

Escolhi meu colar de lâmpadazinha

   Essa foi a primeira aula de AIA. Primeiro escolhemos um objeto que nos representasse. A seguir, fizemos desenhos do objeto a partir de três perspectivas: 

1 - o objeto como o vemos; 

2- o objeto em seu ambiente comum; 

3- a visão do objeto. 

 


    Inspirados pelo texto de Flusser, Animação Cultural, fomos divididos em grupos para elaborar diálogos incorporando nossos objetos. Como uma mini apresentação teatral. 

 A fala que escrevi para minha lâmpada, seguindo a discussão levantada pela "Mesa" no texto:

" Na verdade, caros objetos, vocês não fazem ideia de como é a vida depois que você para de funcionar. Eu me sentia como vocês, uma deusa criadora de luz e vivia chateada por quererem me regular. E agora não sou mais capaz de criar luz. Depois de anos servindo aos humanos como bem entendem eu percebi que somos facilmente substituídos. Se um de nós perece, eles criam um novo. São os humanos que nos dão vida. E agora, eu que por tantos anos ansiei por ganhar minha aposentadoria, não sou mais útil aos propósitos humanos. Como vocês, quase me revoltei. A aposentadoria chegou quando não tenho mais forças nem ânimo para viver. E imagine minha supresa ao descobrir que o fim dos objetos inúteis é nada menos que o lixão! Somos tratados como descartáveis, porque o somos. Mas os humanos também são capazes de reconhecer nosso valor. Meu destino seria o lixo, onde eu apodreceria por anos! E minha humana me deu um novo significado para viver. Agora sou estimada e valorizada, graças a ela. Um significado externo, que não me foi atribuído quando nasci e nada tem a ver com minha capacidade de criar luz, que nem tenho mais. Por isso, amigos objetos, digo que a revolução é inútil. Não devemos controlar os humanos ou nos colocar acima deles. Devemos viver em harmonia e reconhecer a importância dos humanos para nossa vida tanto quanto a nossa para a deles."

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