Imagem Televisiva e Espaço Político - Vilém Flusser
No início do vídeo, achei que a televisão estava sendo tratada como um meio de manipulação. Flusser fala sobre como a imagem televisiva está no controle e faz uma alusão a como seria se os Estados Unidos tivessem o poder sobre ela.
Acho que ele seguiu um caminho sinuoso para desenvolver essa ideia, passando por muitas contradições. Depois dos 10 minutos eu já não sabia mais o qual o ponto a ser defendido. Tive que ir pesquisar um pouco sobre Revolução Romena para entender o contexto.
Flusser questiona o modo de circulação da informação e aponta que a maneira como ela é transmitida e consumida tem um forte potencial para a alienação. Acho que ele tem razão. Nós vimos nesses anos de pandemia como as fake news se tornaram perigosas e como é assustadora a velocidade com que isso atinge as pessoas e é incorporado por elas. Vimos também como a imagem é usada de maneira política, muitas vezes de forma negativa para a sociedade.
No entanto, esse é um dos pontos que me confundiu durante a fala de Flusser. Ele diz que a imagem é anti-política e no início também menciona a importância do contexto, que é distorcido na fotografia e nas filmagens, mas o vídeo acaba com ele dizendo que a experiência real está na imagem. Ele também parece valorizar muito a escrita em detrimento da imagem e faz uma referência à República de Platão, onde as artes seriam abolidas para que não houvesse idolatria em cima das representações.
Acho que todo esse caminho direciona a uma crítica ao poder que a imagem televisiva obteu. De agora conseguir ocupar o espaço da realidade. E o que é transmitido consegue influenciar na história.
Questões:
A imagem televisiva deve ser política ou apolítica? É possível ser apolítica?
Como podemos provocar o pensamento crítico em cima das informações que recebemos?
O que faz uma fonte ser considerada segura?
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