Nossas Imagens - Vilém Flusser
Começo dizendo que fiquei arrependida das questões que fiz anteriormente no post da palestra de Flusser. Acho que fui para um lado muito mais reflexivo do que objetivo e agora nem lendo o texto há respostas certas para minhas perguntas. Mas tudo bem, porque a questão não é encontrar o certo e sim analisar sob um novo olhar e estimular a reflexão.
Flusser termina o texto " Nossas imagens" dizendo que o homem precisa desenvolver a capacidade de decifrar e entender as tecnoimagens para escapar da sombra desta. Isso entra em parte na minha segunda questão sobre "Como podemos provocar o pensamento crítico em cima das informações que recebemos?". Especialmente porque o grande mal da televisão e das imagens contemporâneas é que elas são rapidamente processadas e consumidas, não questionadas. Com esse potencial para influência e manipulação, o poder sobre o pensamento da massa fica concentrado nas imagens televisivas.
Mas ainda, eu apenas expliquei a questão. Não faço ideia de como resolver. Como evitar ser vítima da imagem programada? Ela está em todos os lugares, o tempo todo. As telas estão sempre presentes e veiculam informações semelhantes. O que nós sabemos chega a nós por meios de comunicação virtuais e infelizmente eu não posso viajar para todo lugar do mundo e investigar se algo realmente aconteceu.
O que me leva à segunda questão: "O que faz uma fonte ser considerada segura?". Em determinado momento da palestra, Flusser diz que não importa se os corpos das notícias eram verdadeiros ou não, o que importa é a interpretação da imagem. No texto, ele menciona que a importância da escrita reside em ser um instrumento de orientação, que carrega história. O texto traduz a imagem. No entanto, o texto também pode desempenhar a função contrária. Mas o que ainda permanece é a consciência histórica do indivíduo que interpreta.
Então, para interpretar melhor as imagens precisamos ser críticos e ter consciência histórica. Certo? Bem. Como? ainda segundo Flusser, o que te leva ao pensamento crítico é seguir um pensamento formal capaz de decifrar as tecnoimagens. Que pensamento formal? Bem, aquele baseado na crítica histórica. Que crítica histórica? A do pensamento formal.
Sim, obrigada Flusser. Se seu objetivo era nos fazer torrar uns neurônios, está funcionando. Estamos mais críticos agora. Desenvolvendo nosso pensamento formal.
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