Pesquisa fotógrafos
Nesse trabalho de pesquisa, a turma foi divida em grupos e cada grupo recebeu 3 fotógrafos para pesquisar sobre e escolher algumas imagens interessantes para apresentar aos colegas.
Integrantes do grupo 3: Gabriela Lima, Vitória Caneloi, Marina Rizzo, Miki Takaesu, Raquel Motta e eu. Ficamos responsáveis pelos seguintes fotógrafos: Wilson Baptista, Man Ray e Shinichi Maruyama. Cada uma de nós pesquisou individualmente as fotos que mais nos agradavam e depois fizemos uma votação para escolher as melhores a serem apresentadas.
Wilson Baptista
Sombra (Parque Municipal) – 1936
A fotografia “Sombra (Parque Municipal)”, de 1936, revela o olhar único de Wilson Baptista, muito caracterizado pelo uso estético do contraste entre luz e sombra. O interessante na imagem que escolhemos é que a captura de Wilson, de acordo com as sombras formadas no chão, faz parecer que há “outro homem” caminhando pelo mesmo percurso, mas em um plano invertido. O uso genial do fotógrafo da sombra faz com que o observador possa enxergar, além do homem real andando pela passagem de pedra do parque, a figura de “um homem de sombra andando por um caminho de sombra”.
Praça Sete de Setembro - 1939
Wilson Baptista foi um fotógrafo importante para a história de Belo Horizonte, uma vez que seu trabalho retrata a evolução da cidade e atribui a ela um olhar afetuoso, poético e nostálgico.
Várias de suas fotografias formam uma narrativa histórica de Belo Horizonte e muitas estão focadas na Praça Sete e seus entornos, o que faz desse lugar muito adequado para a exposição.
A foto que escolhemos mostra justamente a praça sete vista de cima e é interessante observar as mudanças ao longo dos anos e como na época de Wilson a fotografia passava uma impressão totalmente diferente. Hoje, é um registro nostálgico do passado e evidência da modernização. É possível identificar os trilhos dos bondes, o contorno agradável das árvores e o traçado urbano da cidade que apresentam uma Belo Horizonte menos caótica e ainda dentro da expectativa da cidade planejada.
Man Ray
Rayograph (The Kiss) - 1922
"The Kiss" é um dos Rayogramas de Man Ray. Rayograma é um técnica fotográfica que não utiliza câmeras; nela, os objetos são colocados diretamente em um papel fotossensível e depois expostos à luz. Para criar esta imagem em particular, Man Ray transferiu a silhueta de um par de mãos para o papel fotográfico e, em seguida, repetiu o procedimento com um par de cabeças.
Este método existe tecnicamente desde o início da fotografia, mas Man Ray foi o primeiro a reaproveitá-lo para as belas-artes.
Nós escolhemos essa imagem por possuir uma composição interessante e por ter chamado atenção ao causar dúvida em relação a como foi feita.
Le Violon d'Ingres (Ingres's Violin) - 1924
"O Violino de Ingres" foi inspirada em Jean-Auguste Dominique Ingrés. É possível notar esse inspiração pela posição da modelo que remete às suas pinturas e à atração do pintor pela música, representado pela temática do violino. A fotografia mostra Kiki de Montparnasse, cantora, pintora, modelo e amante de Man Ray, sentada de costas com o desenho de aberturas acústicas de violino na região do afinamento da cintura. Esses símbolos foram adicionados a uma primeira fotografia, com lápis e nanquim, e, depois, fotografou-se o todo, dando origem ao resultado final. Essa obra é uma das anunciadoras do movimento surrealista, lembrando que Man Ray foi dadaísta e surrealista.Um último detalhe: o fato de o corpo da mulher ser representado como instrumento de música representa uma tensão entre a objetificação e a apreciação da beleza feminina, porque um instrumento musical só ganha vida quando tocado, ou seja, há uma menção da mulher como algo a ser tocado, mas a fotografia também representa a apreciação do corpo e da silhueta feminina.
Shinichi Maruyama
Nude #12, 2012
A fotografia "Nude #12" faz parte de um compilado de fotos, intitulado "Nude Pole Dancer", ao qual fazem parte imagens de mulheres apenas com saltos altos, fazendo manobras no poste do Pole Dance.Escolhida devido à sua beleza e peculiaridade, a imagem capturada pelo artista destaca o corpo humano e seu movimento, que nesta fotografia foi criado pela bailarina de saltos brancos. O artista, para conseguir a imagem final, combina 10.000 fotos da dança, juntando momentos individuais ininterruptos e, consequentemente, criando algo diferente do que já existe, que possibilita, segundo Shinichi, a conexão com a percepção humana da presença na vida.
Milford Sound
“Milford Sound”, fotografia produzida por Shinichi Maruyama, apresenta um arco íris traçando uma faixa na cachoeira, destacando então seus formatos, caminhos e as perturbações feitas pela água ao cair. Nela e em outras de suas obras, ele usa o fenômeno da refração e difração de luz (neste caso a luz do sol) para que as formas e cores surjam entre as gotículas de água. Para Shinichi, um corpo de cor que aparece quando é acrescentado luminosidade a uma gota de água lembra algo como uma escultura feita de luz, por isso esse trabalho é chamado Light Sculpture Taki, traduzida como escultura de luz na cascata.
0 comentários