Dinâmicas corporais
Eu adorei a maneira de pensar que as arquitetas apresentaram, com uma abordagem centrada na pessoa e nas necessidades reais e das soluções diretamente ligadas a isso, que reflitam a personalidade e se adequem ao cotidiano. Parece um pouco com design thinking, outra disciplina que gostei muito. Então, durante a dinâmica, esse foi um dos pontos que mais se destacaram na minha cabeça.
O apartamento onde moro já veio com os móveis planejados pela construtora (os armários do quarto, da cozinha, as bancadas e etc) e meus pais gostaram no início, porque armário costuma ser caro, então pelo valor valia a pena. Mas com o tempo nós percebemos como a estrutura do espaço fica rígida e não dá pra mudar nada porque foi tudo planejado, montado e fixado. Meu quarto é apertado e estreito e eu não sinto como se fosse meu espaço. Improvisamos um lugar para colocar meus livros com ninchos nas paredes e o resto deles fica no guarda-roupa. Queria muito ter espaço para uma estante. Também preciso enfiar meu teclado no armário na vertical, porque não tem largura pra ele na horizontal, mas puts que nervoso isso me dá.
Minha sorte é que pelo menos as paredes podem ser pintadas, então escolhi a cor azul pro meu quarto e gosto muito dela. Mas no geral, eu não escolhi mais nada. Só organizo minhas coisas no que já existia e isso me incomoda.
Outra coisa que notei durante a dinâmica são as gambiarras kjjkkk Especialmente quando deitei no chão, porque logo na luz do meu quarto já tem gambiarra (tivemos que abrir um buraco pra instalar outra luminária ao lado da luminária que já tinha porque ela era fraca demais e por algum motivo não dava pra trocar ????? ) Tem muita gambiarra aqui e eu acho que seria melhor se o espaço fosse menos padronizado. Lembro que no livro do Hertzberger tem algo sobre isso, de convidar as pessoas a transformarem seu espaço e acho que essa liberdade deveria ser mais considerada. A casa é um espaço muito pessoal e é até estressante ter que viver num ambiente que você desgosta.
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